Olá leitores do Mundo Hype!
Hoje é o dia das bruxas (e do Saci no Brasil). Aproveitando o clima bem tenebroso, onde nossas TVs e apps de celular estão pipocando sugestões para nos deixarem de cabelo em pé, que tal uma lista com alguns livros e HQs de arrepiar?
É comum que em listas de livros de terror sempre apareçam os mesmos livros. Sem desmerecer nenhum autor, pois sabemos que são histórias que marcaram gerações, mas resolvi fazer essa lista diferente, com indicações que não vemos em tantas listas por aí. Todos os livros da lista já foram resenhados em nosso site, então, depois de anotarem as dicas, podem ir conferir as resenhas!
1 – A dança da morte – Stephen King
Impossível falar de terror e não começar com Stephen King. Por mais que o autor se aventure em outros gêneros, terror é o que o fez se tornar mundialmente conhecido. Com histórias versáteis, assustadores e personagens com falhas reais, temos vários livros dele para nos deliciarmos nesse dia 31 de outubro.
Após um erro de computação no Departamento de Defesa, um vírus é liberado, e um milhão de contatos casuais formam uma cadeia de morte: é assim que o mundo acaba. O que surge em seu lugar é um ambiente árido, sem instituições e esvaziado de 99% da população. É um lugar onde sobreviventes em pânico escolhem seus lados – ou são escolhidos. Os bons se apoiam nos ombros frágeis de Mãe Abigail, com seus cento e oito anos de idade, enquanto todo o mal é incorporado por um indivíduo de poderes indizíveis: Randall Flagg, o homem escuro. Neste livro, King cria uma história épica sobre o fim da civilização e a eterna batalha entre o bem e o mal. Com sua complexidade moral, ritmo eletrizante e incrível variedade de personagens, A dança da morte merece um lugar entre os clássicos da literatura contemporânea.
2 – A garota da casa ao lado – Jack Ketchum
Um livro com descrições frias, que traz cenas cruéis vividas por uma personagem na qual nós leitores seque podemos salvar. A garota da casa ao lado é um livro que deve ser lido com certo cuidado, pois mostra a monstruosidade que humanos podem fazer, e, ainda mais assustador, a história foi baseada em um caso real.
Em um pacato subúrbio americano, de belos jardins e casas aconchegantes, o horror e a crueldade podem ser seus vizinhos de porta. No porão da casa dos Chandler, duas garotas são mantidas em cativeiro, à mercê dos ataques de fúria de uma tia distante e de outros vizinhos igualmente cruéis. Não há escapatória. Prepare-se: o livro que a Macabra Filmes lança em parceria com a DarkSide Books contém uma das histórias mais difíceis de digerir já escritas. Inspirado em um caso real que ocorreu nos anos 1960, nos Estados Unidos, A Garota da Casa ao Lado é uma leitura perturbadora e chocante, feita com maestria por um escritor de “histórias muito, muito sombrias”, nas palavras de Neil Gaiman. Os horrores narrados por Jack Ketchum deixaram muitos leitores estarrecidos com a crueldade do ser humano. A história foi baseada no assassinato da jovem Sylvia Likens, de 16 anos. Filha de artistas circenses, Sylvia tinha uma vida instável e frequentemente ficava sob os cuidados de amigos ou parentes quando os pais viajavam ― e foi assim que ela parou nas mãos de Gertrude Baniszewski, que a submeteu a situações apavorantes. Jack Ketchum evoca a aura desta década ― a música, a insularidade da vida suburbana, os medos e ideais que transpareciam com um pouco de pressão ― com economia e rigor. Narrado pelo ponto de vista de Davy, vizinho da jovem capturada, A Garota da Casa ao Lado é uma leitura desafiadora e brutal que vai revirar o seu estômago e te fazer questionar quão bem você conhece as pessoas que estão ao seu redor. Um dos livros favoritos do mestre do terror, Stephen King, A Garota da Casa ao Lado é um sinistro encontro de O Colecionador com Laranja Mecânica, e provoca todos os sentidos dos leitores trevosos. A obra transgressora chega para os leitores da DarkSide Books através do selo Macabra, que apresenta histórias ainda mais assustadoras da realidade e da ficção. Você está pronto para ser refém desse pesadelo?
3 – O hospício de Muskov –
Um livro de contos que me surpreendeu com a história envolvente de um hospício que perdurou de 1812 a 1945. Essa coletânea mostra que temos muitos talentos brasileiros a serem valorizados. E que, em alguns casos, podem criar histórias curtas extremamente assustadoras. Ao terminamos o livro, nos perguntamos se Muskov foi apenas um prédio destruído ou uma entidade em si?
Antologia Nacional. Inaugurado em 1812 e destruído após a guerra, em 1945, o Hospício de Muskov foi palco de atrocidades, assassinatos, muito medo e sofrimento. Fundado por um psicólogo húngaro, o lugar era conhecido como centro de referência para tratamentos psiquiátricos. Em uma época de pouca tecnologia, buscava-se a cura através de métodos cruéis, utilizados sem restrição. Um diagnóstico precipitado era suficiente para levar uma pessoa saudável às portas da insanidade.
Livre-se dos preconceitos e mergulhe nas profundezas da mente humana — um lugar onde muitas vozes se misturam, quebrando o tecido da realidade e tornando a verdade indistinguível. Psiquiatras, enfermeiros, enfermos —todos eles têm uma história sobre este lugar. Uma história que nos leva à decadência do Hospício de Muskov.
4 – Os vampiros – Filipe Melo e Juan Cavia
Não é apenas nos livros que podemos buscar histórias assustadoras. Na HQ de Fillipe Melo temos uma nova forma de explorar um tema já conhecido entre os amantes do terror: vampiros. A arte de Juan Cavia agregada a narrativa de Melo trazem uma história que deve ser conhecida.
Em plena guerra colonial, um grupo de soldados portugueses é destacado para uma operação secreta no Senegal. Porém, à medida que vão sendo consumidos pela paranoia e pelo cansaço, essa missão aparentemente simples se transforma em um pesadelo. Embrenhados na selva, esses homens terão de confrontar sucessivos demônios – os da guerra e os que trouxeram com eles mesmos.
5 – Uzumaki – Junji Ito
Para quem gosta de mangás, o nome Junji Ito não é desconhecido. Autor consagrado no horror, Junji Ito consegue trazer histórias assombrosas com ilustrações que pode dar medo a um leitor desavisado. Coloquei aqui um exemplo da obra dele, mas tem outras obras do mangaká que devem ser exploradas por aqueles dispostos a lidar com o macabro e bizarro.
Acontecimentos grotescos começam a surgir em Kurôzu, a pequena localidade onde Kirie Goshima nasceu e cresceu. O vento sopra em curvas, folhas e ramos se enrolam e a fumaça expelida do crematório sobe desenhando redemoinhos funestos. Logo os humanos também são afetados pelo fenômeno helicoidal. Cabelos se revolvem em círculos e corpos se retorcem… Kirie tenta escapar da cidade para fugir da maldição da espiral…
Este clássico mangá de terror, que profetizou o clima claustrofóbico e a desigualdade da atual sociedade japonesa, é uma das principais obras do mestre do horror, Junji Ito.
6 – Hex: uma bruxa clássica – Thomas Olde Heuvelt
Escrito pelo holandês Thomas Olde Heuvelt, Hex: Uma bruxa clássica – Um terror moderno, que saiu por aqui pela DarkSide tem uma trama arrepiante. O livro revisa o que entendemos como Mal e a imagem de monstro em uma história que prende o leitor até o fim. E sim, alguns calafrios podem acontecer durante a leitura.
Toda cidade pequena tem segredos. Mas nenhuma delas é como Black Spring, o pacato vilarejo que esconde uma bruxa de verdade do resto do mundo. Os moradores sabem que não se deve mexer com ela. Assim como aconteceu com as bruxas de Salem, Katherine Van Wyler foi condenada à fogueira. Mas a feiticeira sobreviveu e continua rondando a cidade, mais de trezentos anos depois.Com costuras em seus olhos e correntes nos braços, Katherine aparece nos lugares mais improváveis quando bem entende, sussurrando a morte para quem chega perto o suficiente para ouvir. Assim como a Morte Vermelha, de Edgar Allan Poe, ela enfeitiçou a alma da cidade de forma que escapar não é uma opção: quem se afasta demais tem a mente invadida por pensamentos suicidas, e muitos não retornam para contar a história.Os habitantes de Black Spring controlam os passos da bruxa 24 horas por dia através do hexapp, um aplicativo de celular desenvolvido especialmente para garantir que a bruxa não seja revelada para os Forasteiros. A vigilância constante aumenta o clima de paranoia na cidade, enquanto um grupo de adolescentes desafia as regras e resolve provocar a bruxa para ver se ela é tão perigosa quanto dizem.O holandês Thomas Olde Heuvelt, indicado ao World Fantasy Award em 2014 e ganhador do Hugo Fantasy Award no ano seguinte, é a mente por trás dessa obra aterrorizante que chega aos leitores mais corajosos da DarkSide® Books em uma edição capa dura tão caprichada que merece todas as câmeras de vigilância ao seu redor.
7 – N., de Stephen King, Marc Guggenheim e Alex Maleev
Essa HQ é uma experiência à parte de leitura. É a adaptação de um conto do King, onde Marc Guggenhein decide ir um pouco mais além na história, dando contornos inimagináveis a uma história. O paciente N. apresenta uma terra estranha, onde pequenos atos repetidos que parecem loucura podem definir o destino da humanidade.
N. é uma história pesada. Logo no começo, o leitor sabe que o dr. Bonsaint, um psicanalista, se suicidou e que sua irmã tenta entender os motivos que o levaram a essa atitude extrema. Dedicada a explorar os medos, as inseguranças e as obsessões dos personagens, a história avança por meio de documentos e relatos de Bonsaint, bem como das sessões de análise com N., um homem que sofre de grave problema de toc (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e não consegue parar de procurar padrões em tudo que cruza o seu caminho. Aos poucos, os leitores vão se familiarizando com as origens do problema de Bonsaint e de N., conforme a obsessão do protagonista por uma formação de pedras no estilo de Stonehenge se aprofunda e o leva a um misterioso caminho sem volta. De forte e clara referência à atmosfera lovecraftiana, o conto é, segundo o próprio Stephen King, inspirado na novela O Grande Deus Pan, do escritor galês Arthur Machen (1863- 1947). Em uma espiral de ação psicológica que desafia a própria razão, o roteiro de Marc Guggenheim (que já escreveu X-Men, filmes, games e séries de tv) adapta a atmosfera sombria do conto de King, enquanto a arte de Alex Maleev (Demolidor e Mulher-Aranha) incorpora as misteriosas palavras do rei do terror. Considerado um dos melhores contos de Stephen King, a sua adaptação para os quadrinhos impressiona pela mesma capacidade de criar pesadelos em seus leitores.
8 – Contos vol.1 – HP Lovecraft
Lovecraft é um autor extremamente controverso. Alguns criticam as suas obras ou sua escrita, mas é impossível de imaginar o cenário do gênero de terror/horror atualmente sem a influencia desse grande escritor. Desde o garoto na escola até mesmo ao grande autor Stephen King, todo mundo bebe ou já bebeu um pouco da inspiração ‘lovecraftiana’ para criar suas histórias de terror hoje em dia.
Nesta edição, reunimos alguns dos contos mais famosos de H. P. Lovecraft, que figuram o chamado “Ciclo do terror”. O volume contém “A fera na caverna”, “A rua”, “O que vem da lua”, “O perverso clérigo”, “Ele”, “Ar frio”, “Os ratos nas paredes”, “O modelo Pickman”, “A gravura da casa maldita” e “Herbert West – Reanimador”. Uma leitura imperdível para os amantes do horror.
9 – O vilarejo – Raphael Montes
Raphael Montes já se consolidou no terror em terras tupiniquins, e já está levando suas histórias de arrepiar para outros países e até para as telas na Netflix. E esse sucesso merecido tem explicação: Raphael consegue construir uma trama assustadora de casos que acontecem em um pequeno vilarejo. E, quando mal esperamos, tudo se conecta de uma maneira que só ele conseguiria propor.
Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.
10 – VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue – César Bravo
VHS: Verdadeiras Histórias Sangue do autor César Bravo é uma história que vai muito além das palavras. Una-se a esse livro uma edição super caprichada da editora Darkside Books e a capacidade incrível que César Bravo tem de nos transportar para a sua história, e você terá uma experiência muito diferente de leitura.
Dizem que segredos não sobrevivem por muito tempo em cidades pequenas. Mas, em Três Rios, eles estão por toda parte há tempo demais. Sombrios, aterrorizantes e indecifráveis ― um espelho da cidadezinha onde tudo aquilo que é estranho e profano sempre encontra um jeito de se manifestar na superfície. O encontro inevitável de Cesar Bravo com a DarkSide® Books veio das profundezas. Algo visceral, que era para ser, como todas as coisas assinadas com sangue. Ultra Carnem selou o pacto entre a editora mais sinistra do Brasil e a mente maldita de Bravo, povoando os pesadelos dos leitores, que pediram mais. Mais histórias. Mais mistérios. Uma nova experiência sobrenatural, quem sabe? Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, Bravo guia os leitores amaldiçoados até os cantos mais sombrios de nossas mentes. E a cidadezinha de Três Rios, localizada no noroeste paulista, é o palco principal ― um ponto de encontro de todas as coisas estranhas que acontecem nas redondezas. O inferno corre por essas águas e lança suas sementes nessa terra. Um lugar vivo e pronto para devorar o próximo filho que renegar sua origem. VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue se passa em um período especial e repleto de esquisitices, entre 1985 e 1995, e tem início em uma videolocadora peculiar capaz de alugar os sonhos e as vidas de seus clientes. Quem viveu nessa época vai ter para sempre suas lembranças com textura de VHS. Bravo constrói a narrativa de seu novo romance de horror fragmentado com base em registros orais, casos sinistros e uma porção de detalhes que rodeiam a vida dos moradores de Três Rios ― mandingas macabras, crimes brutais, animais soturnos e inúmeros mapas, notícias de jornais e anúncios compõem o imaginário de um local esquecido pelo tempo. “Os relatos mais sangrentos de Três Rios têm lastro na vida real, e vão empurrar o leitor em um dilema moral”, comenta o autor, Cesar Bravo. Em VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue, cada fragmento é uma memória, algo a ser dividido, e os relatos dos habitantes de Três Rios deixa de ser pessoal e passa a fazer parte de um todo. As várias faces do horror se manifestam e prometem assombrar qualquer um que ousar mergulhar nas páginas desta obra.