Te devo uma foi um dos mais recentes lançamentos da autora Sophie Kinsella no Brasil pela Galera Record. Comprei esse livro com recomendações de diferentes pessoas dizendo que esse não era o melhor livro da autora, mas, resolvi me arriscar com Te devo uma como primeiro contato com ela. Eu li em dupla com a Nanda do @imagineourromance e chegamos a mesma conclusão que esse não deve ser mesmo o melhor livro da autora, e vou explica o porquê.
Sinopse: Uma história de amor, empoderamento e de um simples favor que faz tudo mudar para sempre.
Fixie Farr não consegue deixar nada pra lá. Se encontra alguma coisa fora do lugar, quer logo ajeitar, se um amigo está em dificuldade, já começa a pensar em como pode ajudar… Ela sente necessidade de arrumar tudo. Tudo!
Então, quando um estranho em um café lhe pede que fique de olho em seu laptop por um instante, ela não só se compromete a tomar conta do computador como acaba salvando-o de um grande desastre. Sebastian, muito tocado com o gesto de Fixie, não sabe como lhe agradecer, então pega um protetor de copo e o entrega a ela depois de escrever nele: “Te devo uma”. Fixie acha a atitude muito fofa, mas duvida que voltará a vê-lo.
Até o dia em que um antigo crush da época da escola volta para sua vida e Fixie precisa ajudá-lo. Ela então recorre a Seb, mas as coisas não dão muito certo. Agora é ela quem fica lhe devendo um enorme favor, e isso gera uma troca de favores infinita que obriga Fixie a enfrentar um passado que cheio de mágoas para abraçar o futuro que ela de fato merece.
A protagonista, Fixie, é a típica mocinha sonsa que faz e aceita de tudo para agradar um ex-peguete, já que não podemos nem classificar aquilo como namorado. Ela, ao invés de se preocupar consigo mesma e com os problemas da loja em que trabalha, fica apenas falando amém para tudo o que ele e o restante da família fala e faz. Já conhecemos essa jornada de muitos livros, mas achei que o despertar de Fixie demorou demais para acontecer, e, quando isso realmente aconteceu, foi tão rápido que parece ter sido em um passe de mágica.
Minha vontade a cada vez que ela se humilhava para alguém, principalmente para o Ryan, era entrar no livro e sacudir a Fixie até ela recobrar o juízo perfeito. Ou acertar o Ryan para ele tomar um rumo certo na vida. Duas figuras bem irritantes que, juntas, era o terror à vista.
Sebastian, ou Seb, nosso outro protagonista de Te devo uma, é outro que me dá nos nervos, principalmente no final. O relacionamento dele com a Fixie é até legal de ver florescer, e de como os dois conseguem um ajudar o outro em várias áreas da vida, mas, a atitude que ele toma no final chega a ser ridícula (no típico ruim com ela, pior sem ela).
Um belo desfile de personagens completamente malucos: o tio machista e aproveitador, a mãe sonsa e machista que não vê o esforço da própria filha em cuidar de tudo, o ex que Chernobyl tem inveja da toxicidade que esse ser exala, da irmã que não sabe o que quer, da ex do Seb que é a caricatura de uma vilã de filme adolescente, dentre outros casos.
A mamãe estava errada. Nós não precisamos de um ‘homem no comando’.
_ Eu sei _ Seb me interrompe. Família em primeiro lugar. Mas quando foi que eles colocaram você em primeiro lugar, Fixie?
Dos personagens secundários, os que mais gostei foi a amiga Hannah e se marido, que aprenderam a se comunicar e entender melhor, e o irmão de Fixie, Jake, com a sua namorada, que, por mais nojento que ele pareceu e continuou na maior parte do livro, teve uma sacudida da vida e uma mudança de perspectiva que valeu a pena ver. Os funcionários da loja também são muito divertidos, e arrancam algumas risadas ao longo da leitura.
Nem me lembro direito o que eu era – talvez um panda? (Stacey se recusou a fazer o dela, dizendo que sabia muito bem qual era sua personalidade: uma vaca agressiva.)
Te devo uma foi um livro OK, com uma mensagem bonitinha, que talvez eu não vá reler. Pude conhecer a escrita da Sophie Kinsella e vi que ela escreve muito bem, ainda que seja um livro com uma história mediana, o livro foi devorado rapidamente.
Família não se trata apenas das pessoas com quem você compartilha laços de sangue, e sim daqueles com quem você compartilha lealdade, amizade e respeito. Família são as pessoas que você ama.