Review | Quatro amores na Escócia, de Julia Quinn e outras autoras

Olá leitores do Mundo Hype! Trouxe hoje para vocês a resenha de um dos mais recentes lançamentos que envolvem a autora Julia Quinn. Quatro amores na Escócia foi publicado no segundo semestre de 2020 pela Editora Arqueiro e conta com as autoras Julia Quinn, Christina Dodd, Karen Ranney e Stephanie Laurens. Cada uma delas conta a história de um casal que se passa na Escócia.

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Livro Quatro amores na Escócia

O primeiro conto é O kilt matrimonial da autora Christina Dodd. Esse primeiro conto não me cativou muito. Achei a história simples. Temos a história de uma escocesa que acaba sendo ‘sequestrada’ por um estudioso inglês (com a ajuda dos empregados dela). A melhor personagem da história é a Lady Valéry, que é quem instiga o protagonista a ir atrás da mulher por quem se apaixonou.

Lembra-se do que me disse quando me mandou embora? Que eu a esqueceria assim que você estivesse longe dos meus olhos? Bem, não esqueci. Penso em você, sonho com você, anseio por você… E se tudo o que posso conseguir de você é um capítulo para o meu estufo, então vou exigi-lo e me regozijar dele até morrer.

O segundo conto é O desabrochar de Rose, de Stephanie Laurens, que trouxe uma história que já gostei mais, melhorando o livro. Nessa história temos dois ‘inimigos’ de infância que voltam a se encontrar quando adultos. Nesse momento, eles estão bem diferentes do que se lembravam um do outro, e a atração e carinho que sentiam um pelo outro aumenta e floresce.

O casal principal são completamente opostos. Enquanto Duncan sempre tenta ser o mais perfeito em tudo o que faz na sua vida, desde o amanhecer até o anoitecer, Rose já é uma criatura indomável, espirituosa, que tenta sempre tirar Duncan do sério, se tornando alguém comparável a ele nos feitos, mas de forma bem mais instintiva. , Ambos estão prestes a receber e fazer uma proposta de casamento com pessoas diferentes, e tem um tempo curto para entenderem que o melhor um para o outro é permanecerem juntos. Como sempre, a personagem secundária, mãe do protagonista Duncan sabe chamar a atenção quando aparece, mesmo que poucas vezes.

E naquele momento infinito, Duncan por fim compreendeu tudo o que Rose significava para ele. Ela era terror e deleite, irritação e gratificação – um espinho fincado em sua carne que havia desabrochado e se transformado em uma rosa. Sua rosa.

O terceiro conto é O casamento está no ar, de Julia Quinn. Essa é a história de Margaret, que vai para a Escócia atrás do irmão que decidiu fugir para casar, e acaba passando por maus bocados até chegar em seu destino em Gretna Green, terminando sua viagem sendo atacada por salteadores no meio de uma chuva torrencial.

Margaret é salva pelo escocês Angus, que também está em uma busca pessoal, atrás de sua irmã, que  também decidiu fugir, só que, no seu caso, para Londres. Angus, ao salvar Margaret e entender seu caso, oferece a ela proteção e um lugar para ficar, mas os dois acabam precisando fingir que são marido e mulher. E o fingimento pode resultar em um intenso romance.

Eu até queria ter gostado desse conto, mas em poucas linhas Julia Quinn conseguiu destruir toda a imagem e a personalidade da Margaret. A mulher que sempre foi uma pessoa preocupada com a imagem e a segurança dela e de quem ama decide se casar depois de UMA NOITE com uma pessoa que ela conheceu ali. Esse conto não me agradou nem um pouco.

_Apenas o espírito mais generoso é capaz disso. O restante das pessoas não sabe como ser feliz pelo outro quando os próprios sonhos se perdem.

O quarto e último conto é o A noiva de Glenlyon, de Karen Ranney. Ainda que tenhamos aqui um amor instantâneo, o que me irrita bastante, a história foi muito bem construída. Temos um laird escocês que precisa se casar um com uma filha de um inglês para salvar seu clã e suas terras da miséria, e, ao ir atrás de sua prometida para conhecê-la, já que não tinha mais opção, acaba encontrando e se apaixonando pela garota errada, que não poderia ser a pessoa mais certa para ele.

Janet, a personagem principal, é a dama de companhia da mulher que deveria casar com Sinclair, que na realidade é uma bruxa bem nojenta e faz da vida da protagonista um inferno. Por mais que o amor arrebatador instantâneo seja bobo, é até justificável visto todo o background de Janet, que esperava que sua lady se casasse com o laird para que ela pudesse enfim voltar para a sua tão amada Escócia.

Tudo bem que ela tinha um conhecimento deveras conveniente para ajudar Sinclair, mas, por ser um conto, foi feito de forma bem legal, não muito forçada.

_ Sua tola, é claro que eu não a havia pedido em casamento. Eu já tinha me casado com você àquela altura.

No resultado geral, Quatro amores na Escócia é um livro mediano, com dois contos bons e dois contos abaixo da média. Mas, para quem ama uma história com um bom escocês, é uma boa alternativa.

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