Olá leitores do site Mundo Hype! Depois de uma (quase) longa ausência minha aqui do site, voltei com mais uma resenha de um livro incrível para vocês. O livro da vez é O rei perverso, segundo livro da trilogia O povo do Ar da autora Holly Black, publicado pela Editora Galera Record.
Já aviso a partir daqui que haverá spoilers do livro anterior na resenha, então, para quem ainda não leu, pare por aqui mesmo.
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Depois dos acontecimentos do final do livro O príncipe cruel, Jude consegue colocar Cardan como rei do reino das fadas e consegue alcançar para si um cargo que nunca imaginou alcançar, a senescal do rei. Porém Jude percebe que o reino das fadas é muito mais perigoso para aqueles que tem o poder, e ela, como uma mortal, está com muito mais problemas do que gostaria.
Ela também gostava quando sentia raiva. A raiva era melhor do que o medo. Melhor do que lembrar que não passava de uma mortal entre monstros. Ninguém mais lhe oferecia a opção de rodinhas de bicicleta.
Jude precisa sobreviver, se preocupar com as relações fracas que o novo rei tem, a segurança de seu irmão mais novo, as ameaças de seu pai/inimigo, e, o pior de tudo, Cardan sendo o rei e vivendo em festas sem assumir verdadeiramente todas as responsabilidades como rei enquanto joga todo o seu charme em Jude.
O mais perturbador sobre Cardan é como ele banca bem o bobo para disfarçar sua própria inteligência.
Como no livro anterior, O rei perverso não perde muito tempo com o romance dos personagens principais. Ele existe, aparece sim em alguns momentos como um jogo de gato e rato, mas a autora mostra que os problemas do reino e uma ameaça de golpe são preocupações maiores. O desenvolvimento da intriga política prende bem o leitor à trama, pois ficamos ansiosos em saber e entender como Jude, uma humana, poderia lidar com tudo aquilo sendo a mão do rei, e tendo o próprio rei em seu caminho.
Os livros de Holly Black, pelo menos na série O povo do Ar, já entregam o básico da história em seu nome. Então, sim, não espere que Cardan seja um personagem bonzinho ou regenerado. Ele é cruel, e, agora que tem o peso da coroa sobre a cabeça, é sim O rei perverso.
O final do livro é sensacional e deixa a gente com um misto de sentimentos, entre tristeza, raiva e indignação, com um gancho complicado de ser resolvido no próximo livro, A rainha do nada. Já sabemos que vai ser bom!
