Review | O lorde que eu abandonei, de Scarlett Peckham

Já tem um tempinho que estou para escrever essa resenha, por motivos de falta de tempo e de maturar um pouco mais a leitura. O Lorde que eu abandonei é o terceiro livro da trilogia Segredos da Charlotte Street da autora Scarlett Peckham e publicado pela Editora Arqueiro aqui no Brasil.

Sinopse:

O lorde-tenente Henry Evesham é um homem religioso que está investigando as “transações carnais” em Londres. Suas visitas a casas de má reputação o deixam ávido por ajudar as pessoas que perderam a inocência para o vício. Ao mesmo tempo, circular nesse ambiente é um desafio à sua promessa de se manter longe das tentações.

Alice Hull é uma jovem nascida no campo que trabalha como aprendiz em um clube privativo. Enquanto se entrega ao turbilhão de ideias e prazeres provocadores da capital, uma tragédia faz com que ela precise desesperadamente voltar para casa.

Quando o belo e piedoso Henry lhe oferece a única carona possível em meio a uma nevasca, ela sabe que não tem como recusar, mesmo que não confie nele.

Ao viajarem juntos, as suspeitas mútuas que nutrem aos poucos se transformam em um desejo inesperado. Só que Henry representa uma ameaça às pessoas que Alice ama, e ela, por sua vez, poderia acabar com a reputação dele se o lorde-tenente se permitisse chegar perto demais.

O problema é que, quanto mais tempo passam juntos, mais difícil é manterem as mãos longe um do outro.

Nesse livro temos mais hot e drama do que no segundo, pois os temas aqui retratados pela autora são mais sérios e delicados. Começamos o livro com um mocinho celibatário, Lorde- tenente Henry Evesham, que é contra tudo o que a Charlotte Street é e representa. Ele é extremamente apegado à religião, e foi designado para fazer um relatório para a Câmara Londrina sobre os bordéis e clubes de prazer, e os males dela na sociedade.

Ele vai até a famosa Charlotte Street, e, em sua primeira visita, sai completamente transtornado do lugar, fugindo com certo desespero. Em uma segunda visita, ele acaba por decidir ajudar a jovem Alice Hull, uma aprendiz de dominatrix do local, e oferece a ela viajar com ele para o interior, pois seria mais rápido que ela ir sozinha.

Durante essa viagem, vários tabus e limites entre os dois vão se partindo, e eles conseguem enxergar um ao outro sem as camadas de preconceito.

Esse é um livro delicado, pois trata de traumas do passado, decisão sobre seus sonhos, família e fetiches que não são comuns. Eu gostei muito da abordagem que a autora tratou os temas e os personagens, dando uma profundidade bonita de se ver, além de fazer com que passemos a gostar do Henry, porque ele é terrível nos livros anteriores.

Ainda assim, o meu favorito da série foi o segundo livro, O conde que eu arruinei, mas garanto que esse terceiro faz com que vejamos o amor nas mais improváveis situações.

Lembrando, é e leiam o aviso da autora antes de começar a leitura de O lorde que eu abandonei e não sejam pegos de surpresa.