Review| Eu não sei quem você é, de Penny Hancock.

Review| Eu não sei quem você é, de Penny Hancock.

A tag inéditos no mês de março, trouxe para seus associados uma leitura eletrizante, capaz de abalar não só a amizade entre duas mulheres mas também a nossa estrutura . “Eu não sei quem você é” é um drama familiar tenso de acompanhar.

Holly e Jules são amigas inseparáveis desde a faculdade. Sempre compartilharam tristezas, sonhos, problemas, confidências e todas as coisas boas que uma amizade sincera e sólida é capaz de trazer. As duas são ate mesmo madrinha  (mãe especial como elas chamam) do filho uma da outra, até que uma grave acusação vira um machado que vai partir essa bonita relação entre as duas mães. Saffie, a filha 13 anos de Jules, acusa Saul que é o filho de 16 anos de Holly de tê-la estuprado em uma ocasião em que ficaram sozinhos em casa enquanto as mães tiraram um tempinho para elas mesmas se divertirem. A partir daí, cada uma delas vai virar uma leoa para defender seus filhos. Jules, defende a apoia a filha que afirma ter sido abusada. E Holly, defende seu filho e ela tem certeza que ele jamais seria capaz disso, ainda mais com Saffie, que praticamente foi criada junto com ele. Esse fato, vai mudar totalmente a relação entre amigas e até mesmo a dinâmica das duas famílias.

Adolescentes está sempre em transformação constante, e os filhos das protagonistas não são diferentes. O enredo  envolve o leitor e é repleto de reviravoltas. Quando estamos seguindo uma linha de pensamento algo inesperado acontece e tudo muda. Desconfiamos de tudo e de todos, sempre querendo descobrir quem realmente está dizendo a verdade.

Os temas abordados são bem pertinentes e trazem questionamentos importantes como: maternidade, estupro, aborto, consentimento sexual e o quanto conhecemos ou observamos nossos filhos dentro de casa. O que assistem, com quem falam, em época de celular e internet.

As duas amigas não poderiam ser mais diferentes uma da outra. Elas trabalham em áreas diferentes. Holly trabalha em universidade e escreve e palestra sobre abuso sexual, sexo e consentimento. Sempre dizendo que as vítimas jamais são culpadas. Recebe até mesmo ameaças virtuais por ser ativista dos direitos das mulheres. O que torna ainda mais difícil para ela ver o próprio filho envolvido em um caso de suposto estupro. Apoiar  o filho vai ser algo contrastante com o que ela mesma defende. Já Jules,  se preocupa com a aparência, leva uma vida abastada, tem uma loja de roupas, sempre foi linda e a filha vai pelo mesmo caminho. E ela também acredita na verdade da filha dela e lhe dá o acolhimento necessário nesse momento delicado da filha adolescente.

Gostei muito da trama, da escrita da autora, dos desdobramentos da estória. Ainda estou tentando assimilar o final do livro ( estou num caso de amor e ódio com esse final). No mais, foi uma leitura rápida, frenética, acelerada. É daqueles livros impossíveis de largar. Foi o melhor que eu li até agora em 2021.

E vocês, gostam de livros assim?

Daqueles que deixam o leitor nervoso, alerta, ansioso para saber o final?

Qual foi o último que deixou vocês assim?

Contem pra gente nos comentários.   🙂

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