Olá leitores! Hoje eu vim aqui para falar do livro maravilhoso que ganhei no último encontro do Clube do livro BH de 2022 . As vitoriosas, da autora francesa Laetitia Colombani é um livro de drama que saiu já caixa das Intrínsecos e chegou na minha mão em um sorteio.
As vitoriosas não é meu estilo de leitura, pelo contrário, ele me tirou por completo da zona de conforto. O livro alterna o passado e o presente, contando a história da advogada Solène, que acaba sofrendo burnout após ver o suic#dio de um cliente, e o médico recomenda que ela faça um trabalho voluntário. E esse trabalho a leva até o abrigo Palais de La Femme, onde ela se voluntaria para trabalhar como escriba, ou seja, escrever cartas e redigir documentos para as mulheres que vivem ali no abrigo. E a segunda história, no passado, é sobre a história de Blanche (essa existiu na vida real) e sua trajetória de vida.
Pode parecer duas histórias separadas, mas as histórias de As vitoriosas se conectam de maneira muito mais profunda do que imaginamos. É muito emocionante acompanhar o desabrochar de Solène no Palais, onde ela descobre que o mundo vai muito além do que ela conhecia; assim como podemos ver a luta de uma pioneira ativista francesa do início do século XX, que mostra que a empatia e a solidariedade podem mudar a vida de muitas pessoas.
As vitoriosas é um livro maravilhoso, meu primeiro contato com a autora e a garantia que lerei mais livros dela! Recomendo muitooooo a obra. É um livro pequeno, de leitura rápida, mas que fica marcado por mais tempo do que estamos preparados.
” As palavras são borboletas, frágeis, voláteis. É preciso ter a rede certa para pegá-las.”
Sinopse:
O cliente de Solène, uma bem-sucedida advogada parisiense, não dera indício algum de que, ao ouvir sua sentença, atentaria contra a própria vida. Ela tampouco poderia imaginar que testemunhar a cena causaria o colapso de algo dentro de si. Paralisada, Solène sabe que a base que mantinha sua vida de pé ruiu. O médico atesta burnout e recomenda: “trabalho voluntário”. Mas, ao mesmo tempo que retomar a rotina confortável vivida até então não faz mais sentido, ela não tem ideia de como criar para si uma nova realidade.
Quando um anúncio inusitado no jornal a leva até o abrigo conhecido como Palais de La Femme, Solène encontra um grupo diversificado de mulheres, vindas de universos muito distantes do seu, e, aos poucos, começa a redescobrir um senso de propósito ao dedicar algumas horas semanais à função de escriba: no saguão do Palais, coloca-se à disposição das residentes para redigir cartas. Ela perceberá, no entanto, que, tanto quanto a de escrita, sua habilidade de escuta será crucial ali.
Assim como em seu livro de estreia, A trança, Laetitia Colombani entrelaça vidas de diferentes mulheres, jogando luz sobre graves problemas sociais. Em capítulos alternados, acompanhamos as trajetórias da fictícia Solène e da pioneira — e verídica — Blanche Peyron, figura-chave do ativismo francês do início do século XX. Ambas inspiradoras, cada uma à sua maneira, elas aprendem e ensinam a importância da esperança, da solidariedade entre mulheres e da empatia.