A Interprete de Annette Hess é um lançamento da Editora Arqueiro e de acordo com a capa do livro foi um sucesso editorial na Alemanha e já foi vendido para 21 países.
SINOPSE: Tendo como pano de fundo os julgamentos de Auschwitz, este sucesso internacional de Annette Hess conta uma história arrebatadora sobre uma jovem disposta a enfrentar a família e a sociedade para expor as verdades mais sombrias de sua nação.
Para Eva Bruhns, a Segunda Guerra Mundial é apenas uma memória nebulosa da infância. Ao fim dos conflitos, Frankfurt estava arruinada, vítima dos bombardeios dos Aliados.
Agora, em 1963, a cidade está totalmente reconstruída e Eva espera, ansiosa, pelo pedido de casamento do namorado rico, sonhando com uma vida longe dos pais e da irmã.
Porém, seus planos são alterados quando o impetuoso advogado David Miller a convoca para atuar como intérprete nos julgamentos do campo de concentração de Auschwitz.
À medida que se envolve com as testemunhas polonesas, Eva começa a questionar seu futuro e o silêncio da família sobre a guerra. Por que os pais se recusam a falar sobre o que aconteceu? Ela ama mesmo o namorado e será feliz como uma dona de casa?
Determinada a fazer justiça, Eva se une a um time de promotores empenhado em condenar os nazistas – uma decisão que mudará o presente e o passado de seu país.
Há alguns meses, quando foi divulgado o lançamento de A Intérprete, logo o adicionei na minha lista de desejados, e o principal motivo é porque na sinopse havia a apresentação de que esse seria um livro sobre Segunda Guerra Mundial, e que falaria dos julgamentos que ocorreram mais de vinte anos após a guerra, daqueles que cometeram assassinatos em massa, dentre outras atrocidades.
Assim, logo o adquiri e recentemente resolvi me envolver com ele, mesmo sem saber o que esperar dessa autora, pois até onde sei não há nada dela lançado aqui no Brasil ainda além desse livro.
Infelizmente, posso dizer que minha experiência foi muito mediana e que o livro me decepcionou bastante, apesar de a autora ter uma boa escrita e uma forma interessante de prender o leitor, porém, existem uma série de defeitos que não consegui ignorar, e que tornaram minha leitura até mesmo tediosa.
Bom, em primeiro lugar preciso falar do ponto mais marcante do livro, que foi a parte dos julgamentos sobre os cruéis carrascos que estiveram presentes nos campos de concentração e que mataram milhares de pessoas.
Nessa parte, apesar de a autora não ter conseguido me transmitir a emoção intensa que outros autores já me passaram narrando esse episódio, consegui ter imagens vívidas a respeito do que estava sendo narrado, e achei interessante ver essa perspectiva dos julgamentos, já que em boa parte das vezes acompanhamos as narrativas do momento da guerra, e pouco do pós-guerra, e esse livro acabou me lembrando outro que li há alguns anos, melhor que esse, obviamente, que foi O leitor, de Bernhard Schlink.
Porém, como ele prometia ser um livro sobre o julgamento e sobre a protagonista que era a intérprete desse julgamento, imaginei que a história focaria muito nessa parte do tribunal, o que pouco aconteceu. Ao invés disso, a autora focou páginas e mais páginas na família da protagonista, que por sinal não desenvolvi empatia por nenhum dos familiares apresentados, exceto pelo menininho que ainda era criança e não tinha como gerar algum outro sentimento, e também houve um grande foco no romance de Eva, a protagonista, sendo que em um determinado momento a autora chegou a narrar que Eva estava sentindo dor de barriga e soltando gases, o que não teve nenhuma relevância para a história e ficou totalmente sem sentido, e esse é somente um dos piores exemplos, mas houveram vários outros momentos que não tiveram nenhuma relevância e que eu ficava me perguntando o porquê existiram.
Além disso, no fim da história restaram muitas pontas soltas e fiquei com diversas perguntas, como o que ocorreu com determinado personagem que não apareceu mais a partir do meio da trama, o que aconteceu com alguns atos que eram cometidos pela irmã da protagonista, e até mesmo me questionei porque a autora criou um par romântico para Eva tão esquisito e cheio de coisas que não eram bacanas, e depois deu a eles o destino que deu.
Foi como se andássemos em círculos, para ao final voltarmos ao ponto de partida inicial.
Sinceramente, fiquei sem entender alguns objetivos da trama e talvez isso tenha sido um problema da minha leitura e outros leitores o vejam como um livro perfeito e completo, mas para mim ele simplesmente não funcionou.
Ainda posso destacar que o segredo que a família de Eva escondia era impactante demais para ser tratado com a displicência que foi, e esse se tornou mais um ponto morno para mim.
Em suma, eu não faço necessariamente a recomendação dessa obra, mas como sempre, acredito que caso algum leitor tenha interesse deve experimentar a leitura, a fim de tirar suas próprias conclusões que podem muito bem ser bem diferentes da minha, tendo em vista que já vi algumas pessoas lendo e dando nota máxima para ele.
E você, já leu A Intérprete ? Atendeu suas expectativas?
Gosta de livros sobre a Segunda Guerra Mundial? Qual seu livro favorito sobre este cruel período da história?
Vamos conversar nos comentários.
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#pracegover, na capa vemos uma mulher com um longo casaco azul claro caminhando em um espaço e carregando uma bolsa e documentos, como se estivesse indo para o trabalho.