Atenção, a review abaixo é escrita a base de ironia, deboche, sarcasmos e tudo que pode habitar num coração geminiano!
Pois bem, A Garota do Calendário é uma serie de livros em 12 capítulos lançada pela editora Verus e escrita pela americana Audrey Carlan em 2016.

Sinopse:
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Ela precisa de um milhão de dólares. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser… Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.
Vamos começar a resenha pela sinopse do livro, quando lemos isso pensamos: ”Poxa, isso é tecnicamente Uma Linda Mulher”. Porém, pensamos mais além e o pensamento é o seguinte: ”Não, isso é um livro Hot com pegadas a estilo 50 Tons de Cinzas e demais”.
Agora vamos trabalhar um pouco sobre essa sinopse, uma moça (Jovem e bela claro, afinal vai ser acompanhante de luxo não pode ser qualquer uma). A tia é sua ”Cafetina” e ela lhe manda pra encontrar com homens lindos, milionários, que lhe cedem moradias em palácios, sapatos e vestidos que vão desde Louis Vuitton a Karl Lagerfeld.
E seu primeiro cliente é Weston Charles Channing III ou simplesmente Wes, um milionário lindo, loiro, surfista e escritor de roteiros cinematográficos (Sentiu o baque meus amores? Isso não é uma tia, isso é uma fada madrinha. Caso vocês tenham uma tia dessas para me apresentar estou disponível, deixarei meu currículo mais abaixo).
Wes é simplesmente belo, um surfista (Gabriel Medina que se cuide meu amor, quem é ele na fila do pão!), um roteirista de cinema de grande sucesso (Tarantino, corre aqui e aprende.)
Mas vocês pensam que tudo é rosas para nossa querida acompanhante? Só que não, vocês sentem e lutem muito. Tem exigências e não são simples exigências, vou citar pra vocês aprenderem.
1. Esteja sempre com a melhor aparência possível. (Vocês estão pensando o quê?O homem não é obrigado a acordar e encontrar a garota descabelada parecendo a filha do Fu-Manchu. Ela que trate de acordar coberta por camadas e camadas de Mary Kay.)
2- Sorria constantemente. (Justo, vai contratar a moça pra falar da vida ruim dela? Se ela se sentir entediada que procure uma amiga pra falar de bolsas Pradas enquanto o homem discute a cotação dos dólares, num é Ana Hickman?)
3- Não fale, a menos que falem com você. (Compreensível, encontramos isso em I Coríntios 14:34 e 35. Só uma pequena observação dentro deste mesmo parágrafo que esse livro é escrito sobre dias atuais, ainda que pareça um romance hot do século XVIII.)
4- Esteja disponível o tempo todo. (Uai, a menina vai ser acompanhante ou vai ser esposa, mãe ou babá dele?).
5- Sexo com o cliente não está incluído no pacote. (Ufaaa, pelo menos isso né? Mas, vale ressaltar que existe a proposta e caso a acompanhante aceita ela tem uma comissão enorme por fora.)

As falhas no livro são imensas no meu ver, mas o que mais me incomodou é a forma como a escritora trabalhou o que era pra ser um drama que é o que levou a garota trabalhar como acompanhante. Existe o problema da dívida mas a questão é muito jogada, é algo do tipo: ”Meu pai vai ser assassinado se não pagar a dívida e então vou aceitar esse emprego da minha tia por um ano”.
A escritora não nos envolve com esse drama, ela não faz a gente se sensibilizar e pensar: ”Poxa, que situação”. O problema existe na verdade apenas como um pano de fundo.
Segunda coisa que me incomodou muito no texto é as descrições da autora em cima das falas do Wes. O cara tem um senso de confiança enorme (Ok, entendo que o cara é bonito e tem dinheiro e é famoso e berimbaus a quatro. Mas ele é muito sem noção).
O cara me fala coisas como: ”Na hora certa eu não vou nem precisar pedir, você vira a mim nua e se entregara”. (Oiiii? Então tá o obra divina do Expressionismo!).
E as frases do homem em meio ao sexo? Que coisas bregas, que brochante. Você quer exemplos? olhe isso:
”Vou entrar tão fundo que você vai me sentir na garganta”. (… Não consigo nem comentar!).
‘‘ Vou te devorar” (São tantas emoções que eu poderia fazer um top 10 de coisas pra não se dizer enquanto transa. Não consigo acreditar que uma mulher consegue ficar excitada enquanto um cara tá em cima dela falando tantas coisas cafonas).
Mas vocês acham que só o Wes é brega e cafona? Que nada a Mia também tem suas coisas bregas como por exemplo, ela diz que Wes tem cheiro de mar, suor e perfume chique. (Só podemos desejar pra chegar logo essa fragrância na Jequiti pois não tem no Brasil).
Outra coisa no livro que nos deixa sem reação é que Mia quer se manter integra, ela acredita que a dívida do pai é responsabilidade dela e que ela tem como obrigação trabalhar e pagar isso. Nenhum homem pode em nome do ”Amor” ajudar ela com essa dívida. (Que cidadã acima de qualquer suspeita num é mesmo? Que nobre, que guerreira, podemos imaginar o sofrimento dela indo pra casa de milionários a cada mês).
No final do livro temos uma pequena prévia do próximo livro que se passa em Fevereiro e onde Mia vai conhecer seu novo cliente, um francês, artista lindo e que deseja Mia como base para seu novo trabalho artístico. O francês a chama de Ma Jolie e a cada frase dita pelo homem tem um termo em francês.
Confesso que o novo cliente dela tem malemolência, tem algo de diferente, só espero que ele não fale frases bregas durante o sexo. Mas, isso é assunto pra próxima resenha eu termino aqui e só digo uma coisa:
” Senta lá Claúdia, C’ est la vie”.
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