Entrevista com Arnaldo Arantes

Olá leitores do Mundo Hype! Hoje trouxe para você uma entrevista com o autor Arnaldo Arantes, que está lançando seu primeiro livro, A Jornada de Sexta. Arnaldo já escreve contos e crônicas em seu blog pessoal (link aqui) e agora lança seu livro pela Editora Buriti.

Sinopse de A Jornada de Sexta‘A Jornada da Sexta’ conta a história de duas adolescentes, Clara e Tiby, que viajam rumo a Beor, uma montanha no norte de Shara, o continente onde vivem. Lá vivem os engels, ditos conhecedores de grandes segredos. Clara foi convencida a ir a Beor para tentar aprender os segredos dos engels por um antigo amigo de seu pai para os auxiliar na guerra contra Athes, líder dos grendels. Ao longo da jornada, Clara e Tiby descobrem que o mundo não é bem como elas imaginavam, com perigos e segredos muito além do imaginado.

Pode se apresentar para o Mundo Hype?

Para começar, oi! É um grande prazer estar aqui com vocês. Meu nome é Arnaldo Arantes. Já estou trabalhando com a escrita tem dez anos, quando comecei meu primeiro livro, “A Jornada da Sexta“. Sempre fui um apaixonado pela leitura desde que pus as mãos em “A Ira dos Anjos“, do Sidney Sheldon quando tinha 13 anos.

Além dos livros, sou um apaixonado por línguas, judô e música. Estou estudando alemão e japonês e, se tudo der certo, quero aprender mais uns dez idiomas pelo menos. Acho uma forma fascinante de entender a cultura de um povo e aqueles mínimos detalhes que fazem cada língua ser única me fascinam. Quanto ao judô, sou faixa marrom, talvez estudando para fazer o exame de preta ano que vem. E música? Adoro rock e algumas bandas “mais antigas” de pop. Creed, The Rasmus, Nickleback, Alanis Morissette, Linkin Park, Avril Lavigne, Backstreet Boys, Jennifer Rostock etc. Para evitar falar demais do assunto, deixa eu parar aqui.

O que mais? Também sou desenvolvedor de software, um trabalho que acaba ocupando bastante do meu tempo, morador de Belo Horizonte (ou, se preferirem, de “Beagá”), e acredito firmemente que não há desculpa para fazer o errado de forma consciente.
Não sou muito bom com essa parte de mídias sociais, mas de vez em quando tento usar o facebook também (o link é https://facebook.com/arnaldo.arantes.7). Se quiserem me fazer alguma pergunta ou discutir qualquer assunto, é um grande prazer!

O que te levou a começar a escrever?

Alguns anos atrás, lembro da minha irmã me dizendo: “Sua criatividade é incrível. Você ia conseguir escrever bem, eu acho”. Na época, eu ri e falei que ela estava errada. Meses depois, de férias da faculdade, eu estava na praia com meus pais. Nesse dia em específico, eu estava na água sozinho, olhando para as ondas e me veio… Não sei se foi uma inspiração, magia ou o quê, mas me vieram como flashes partes da série que estou escrevendo agora.

Não me pergunta como, mas eu tive a certeza naquele instante que a única forma de descobrir como tudo ia se passar, eu precisava por no papel. Naquele dia escrevi minhas primeiras palavras e desde então não parei.

 

Quem foram/são suas influências?

Como falei antes, ler é um dos meus maiores prazeres. Eu leio um pouco de tudo, fantasia, romance, ficção científica, terror, suspense, etc. Se fosse citar meus autores favoritos, Stephen King e Orson Scott Card definitivamente estão lá em cima. Tenho que admitir que os livros de autores brasileiros, como o Raphael Draccon e o Eduardo Spohr também me dão coragem diariamente para seguir em frente.

Na minha série atual, minha irmã diz encontrar pedacinhos de tudo e todos, não sei. Às vezes eu mesmo me surpreendo quando noto pequenos detalhes que me lembram de outro autor. “A Roda do Tempo“, apesar de eu começar a ler essa série quando estava para terminar de escrever “A Jornada da Sexta“, posso dizer que mudou minha vida tanto como leitor e escritor e influenciou bastante meus textos.

 

Em relação a outros autores, o que anda lendo?

No momento estou lendo “Terror“, do Dan Simmons. É um livro histórico sobre um conjunto de marinheiros que estão procurando uma passagem pelo Polo Norte para o outro lado da Terra. Estou bem no comecinho, então não sei bem o que vai acontecer. Outros livros do ano foram o quarto livro do Guia do Mochileiro das Galáxias, “O Coletor de Espíritos“, “A Sacerdotisa dos Brancos“, “Coluna de Fogo” e “O olho de Deus“.

 

Quais são os seus projetos mais atuais?

Bom, além de tentar promover um pouco meu livro, “A Jornada da Sexta“, estou terminando de revisar o segundo livro da série e escrevendo o terceiro. Se isso tudo não fosse o suficiente, faço postagens semanais em um blog (aarantes.com). Na maioria das vezes eu faço comentários à cerca de livros e filmes que achei interessante, mas também posto alguns contos. Um amigo meu sugeriu tentar juntar todos para colocar em um livro um dia, quem sabe dá certo?

 

Conte para a gente sobre seu novo livro: A jornada de sexta. Como é esse mundo?

Bom, a explicação mais direta é que “A Jornada da Sexta” é a estória de um mundo em guerra. Dizem que a melhor arma é aquela que nunca precisa ser usada, mas o fato é que todos aqueles no poder ficam com o dedo coçando para mostrar quem é o mais forte. E os que não mandam querem chegar lá. O resultado disso são guerras, morte e evolução. Pode parecer um pouco horrível, mas a guerra é um grande motivador para a evolução da tecnologia e, nesse caso, da magia desenvolvida por eles.

No livro, o mundo de Clara e Tiby acabou de voltar ao campo de batalha. Elas não são “As Escolhidas” ou “Destinadas”, mas decidiram tentar conseguir as armas necessárias para terminar a guerra. Por outro lado, elas não sabem quase nada sobre o mundo, têm apenas dezesseis anos e nunca saíram da sua cidade no deserto. Eu quis mostrar um pouco disso, explorar outras culturas, o certo e o errado, os motivos pelos quais cada um luta.
Esse universo não é necessariamente “Bem contra o mal”, nossas personagens principais matam, uma vez até torturam um inimigo. Erram e acertam, fazem alianças e inimigos. Apesar de ser fantasia, eu quis que fosse mais real nesse sentido.

 

Algumas dicas para quem está começando em escrever?

Humm… Essa não é uma pergunta fácil. Eu diria que o primeiro é humildade e olhar crítico. Nem tudo que você vai escrever é bom, e por vezes a melhor solução é apagar o parágrafo inteiro e começar de novo. Leia bastante, não importa se é bom ou não, clássico ou “porcaria”. Até uma má experiência é melhor do que nenhuma. Estude. Poucos têm o domínio perfeito do português, eu já escrevi mil asneiras. Mas me dediquei e estou sempre tentando melhorar.

E, por fim, escrevam e mantenham o ânimo. Escrever é maravilhoso na maior parte do tempo, mas é super difícil em outros, você pode passar meia hora para escrever uma única palavra. Mas siga em frente, cada letra é uma letra a mais, uma descoberta que não se tinha antes. Mesmo que ninguém goste, pelo menos você foi até o final e conseguiu. Esforço, dedicação e coragem são importantes para qualquer profissão, contudo aqui não temos garantia de nada, nunca. Apesar disso tudo, vai dar certo, tenho certeza.
Espero ter podido ajudar. Como sempre, com grande prazer,
Arnaldo Arantes

A equipe Mundo Hype agradece a disposição do autor Arnaldo Arantes em dedicar um pouco do seu tempo a nós!

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