Crítica | Shazam

Shazam chega ao cinemas em uma boa época para a DC/Warner já que Aquaman foi sucesso absoluto de bilheteria, e baseado em materiais promocionais era clara que a proposta de Shazam era de um tom mais leve, eis que o filme cumpre muito bem em mostrar que a DC/Warner finalmente está acertando nessa nova proposta em seus filmes de heróis.

Billy Batson (Asher Angel) é um garoto jovem de 14 anos  em busca pela mãe, após um encontro inesperado com um mago recebe super poderes ao gritar a palavra “Shazam”, com a ajuda de Freddy Freeman (Jack Dylan Grazer, It A Coisa) que é especialista em super heróis, eles partem em uma jornada para descobrir seus poderes enquanto aprende o verdadeiro significado da família.

 

Dirigido por  David F. Sandberg (Annabelle 2, Quando as Luzes Se Apagam) o filme tem um clima muito do final dos anos 80 e começo dos anos 90 apesar de se passar nos dias atuais, claramente inspirado no clássico Quero Ser Grande (Big) com Tom Hanks de 1988, com uma ótima referência direta em um momento do filme. O diretor consegue dar um toque sombrio ao mesmo tempo que consegue trazer leveza, já que estamos falando de um filme para a toda família. O roteiro é bem básico e não tenta em nenhum momento se arriscar, o que não é uma coisa ruim pois o filme funciona muito bem, auto referência o gênero de heróis e o universo cinematográfico da DC, e o ponto alto do filme é exatamente o jeito como ele usa todos os personagens secundários de forma muito boa. Não há nenhuma cena da ação que chame a atenção, pois o humor se escora muito na ação.

 

O elenco infantil é sensacional, todos eles têm seu espaço e são usados para mover a trama e não só como recurso para o protagonista, todas as cenas entre Billy e sua nova família é tocante, o vilão Dr. Thaddeus Sivana (Mark Strong) tem motivações claras e é propositalmente caricato, o que funciona para o filme. Zachary Levi (Chuck) tem um timing para a comédia impressionante, o que nos faz acreditar principalmente que ele é um garoto de 14 anos preso em um corpo adulto, já sua versão jovem (Asher Angel) deixa a desejar quase que mudando de personalidade, enquanto o Shazam é divertido o Billy é um adolescente introspectivo e sisudo e talvez a montagem do filme seja culpada por esse distanciamento entre os dois, ou a forma que ele foi dirigido. Já o personagem de Jack Dylan Grazer (It: A Coisa) rouba a cena em vários momentos, ora se sobressai em cenas com o jovem Billy e em outras não se intimida pela figura de Zachary Levi. O terceiro ato do filme foge do que a DC vinha fazendo em Mulher Maravilha e Aquaman, o que é ótimo, não é grandiosa e exagerada mas divertida, dinâmica e auto referente.

Shazam mostra que a DC está entendendo como levar seu universo cinematográfico, e aprendendo que filmes de heróis também podem ser apenas divertido, esse balanceamento chega em boa hora já que mais tarde esse ano teremos Joker com Joaquin Phoenix, Shazam é um filme leve com muitas mensagens bonitas e que já nasce como um clássico moderno da sessão da tarde (não de um jeito ruim).

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