Crítica | Missão: Impossível – Nação Secreta

É muito bom quando os filmes de ação conseguem se desprender de certas coisas e não se levarem muito a sério, querem mais divertir o público, fazendo deles bem mais leves e empolgantes. Sendo assim o quinto filme da franquia Missão Impossível segue essa mesma fórmula e recupera alguns elementos dos primeiros filmes.
Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis…

Tom Cruise vinha passando por uma fase difícil, além dele não ser um ator de atuações memoráveis, seus filmes recentes não ajudaram muito. Mas certamente ele sabe trabalhar com filmes de ação e voltar para a franquia Missão Impossível foi uma de suas melhores decisões, vemos no rosto de Cruise o quanto ele gosta de trabalhar nesse tipo de filme e interpretar Ethan, ressalto aqui sua cena pendurado em um avião sem cabos de proteção, ao qual ele repetiu 8 vezes, se não me engano, além de quase matar os produtores e seu agente do coração, não há como negar que qualquer nerd ou cinéfilo ficou empolgado em ver essa ação completamente exagerada de volta aos cinemas.

A direção de Christopher McQuarrie é muito eficiente em todas as cenas de ação, o diretor não faz uso da, maldita, câmera tremida, ele sempre usa enquadramentos amplos para que o expectador possa ver toda a cena sem perder nada, além de toda a edição do filme ser muito boa, ela é rápida e dinâmica fazendo com que toda ação do filme não fique nada repetitiva, a cena de perseguição de moto, por exemplo, é muito bem limpa e editada, não a uma apelação pra confusão visual, fazendo com que o expectador entenda mais da cena e consiga entrar nela.

Em termos de roteiro o filme está coberto dos clichês de sempre, bombas desarmadas no ultimo segundo, uma organização secreta antagônica, informações obtidas muito facilmente… Não que seja um defeito porque muitos desses elementos são até que bem explorados no filme e são usados mais para divertir o expectador. Mas não posso dizer o mesmo de alguns outros elementos, ao meu ver, o Sindicato, principal mau a ser combatido, não funciona tão bem o Ethan consegue acabar muito fácil com muitos capangas e não parece sofrer tanto com as ameças dos vilões, além do chefe dessa organização não ter muito carisma ou presença durante o filme, a apresentação e desenvolvimento de todo sindicato em si é bem fraca.

Com destaque para o Benji (Simon Pegg) e Isla (Rebecca Ferguson) que são os personagens mais bem explorados do longa, além da Isla ter uma química muito bom com Tom Cruise a personagem a é muito relevante, não ficando dependendo o tempo todo do protagonista e sempre enganando o publico mudando de lado toda hora.
Em suma Missão Impossível – Nação Secreta é um ótimo filme de ação, um dos melhores da franquia, se você está querendo um filme mais leve e descontraído para assistir essa é a escolha perfeita.