Crítica | Coroner (1ª Temporada)

SINOPSE: Uma médica legista recém-nomeada investiga uma série de mortes misteriosas em Toronto, Canadá.

Não se engane, Coroner, não é apenas mais uma série de investigação policial padrão. A série da CBC (Anne with an E) apresenta a Dra. Jenny Cooper (Serinda Swan), a nova legista que chega no departamento de polícia de Toronto para investigar mortes suspeitas, não naturais ou repentinas. Em cada novo caso, a série, levará Jenny para uma nova área de Toronto e refletirá a rica diversidade da cidade. Com a ajuda do detetive Donovan McAvoy (Roger Cross), e sua equipe trabalhará para resolver mortes misteriosas, enquanto também lida com seus próprios problemas. Jenny sofre de ansiedade clínica e tem um filho adolescente, Ross (Ehren Kassam), que ainda está de luto pela morte de seu pai. Há também a perspectiva de um novo romance na forma do enigmático Liam (Éric Bruneau).

Com essa breve apresentação temos ideia do que encontraremos na série, mas mesmo apresentando alguns clichês já vistos em outras séries, mas há algumas características que a diferencia das demais, tornando-a uma boa sessão. Com oito episódios, Coroner é baseada na série homônima de romances do escritor britânico M.R. Hall e tem o roteiro adaptado e direção de Morwyn Brebner, a mesma de Rookie Blue.

Entre essas características, temos o background da protagonista, que enquanto legista em muitos dos procedimentos criminais parece ter um dom especial de compreender todo o crime, a liderança da Dra. Jenny Cooper, não é de todo modo, seguida com empenho por sua equipe. Não há perfeição nos personagens da série, e atrai a maneira em que Swan interpreta a recém-chegada cientista, que evoluí, junto com os demais personagens, com seus defeitos, mas que ganham tonalidades ao longo dos capítulos.

Coroner é uma série sobre investigações de crimes, mas realmente é sobre os personagens, o cotidiano deles e o que faz continuar. Cada elemento de crime é serializado, ganhando dois ou três episódios, mas é a vida exterior que dá cores no desenvolvimento da série.

A parceria entre Jenny e o detetive McAvoy exige de cada um, é algo forçado, que vai da tentativa de um entender o outro no início, mas que vai se encaixando no trabalho aos poucos. À medida que os dois trabalham mais juntos, percebem que estão enriquecendo a vida um do outro, em vez de se afastarem. Enfrentam verdades dolorosas que os fortalecem como personagens de uma série sobre crimes, que no final da temporada o respeito faz a parceria ficar mais forte.

Serinda Swan, Graeme Jokic, e Ehren Kassam em cena

Como Jenny teve seu filho, Ross, quando tinha 18 anos, há entre eles um relacionamento incomum, são muito próximos, quase até um ponto de co-dependência. E Ross mostra uma maturidade que dá um propósito a mãe e que haverá um crescimento notável no relacionamento à medida que a temporada avança. Em especial, pela vida que tinham antes da morte do marido, uma vida aparentemente perfeita, que muda drasticamente em meio ao novo trabalho, segredos vem a tona, que irão desestabilizá-la, mas também irá fortalecer.

Com um elenco talentoso, Coroner ganha ainda mais com participações especiais para esta temporada, como Nicholas Campbell (A Luta pela Esperança e Uma Ponte Longe Demais), Jully Black e Nigel Bennett ( A Forma da Água). E é o que tudo indica, para uma segunda temporada, já que Allan Hawco e Paul Gross estão sendo contactados para participarem da série. Uma amostra bastante interessante do talento do Canadá.

Uma série que você não pode se basear em um só episódio, mas Serinda Swan traz ao seu personagem muita profundidade e com o apoio de um bom elenco entrelaça bem o contexto do enredo multi-camadas. Única desvantagem? Apenas 8 episódios. Vale assistir.

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