A Ligação do diretor Chung-Hyun Lee estreou na Netflix em dezembro e chegou para provar que os coreanos querem conquistar o mundo cinematográfico, e tem muita bala na agulha para isso, pois este filme é uma experiencia sensacional.
Prepare-se para ficar preso no seu sofá por quase duas horas.
Demorei um tempo para assistir este filme, pois achava que era um filme de terror, mas de repente comecei a ouvir um boca a boca sobre o mesmo e resolvi dar uma olhada.
E que pena que não fiz isso antes!
A Ligação começa nos mostrando Seo-yeon (Park Shin-Hye) , que chega em casa vinda do hospital onde sua mãe está internada com câncer e percebe que perdeu seu celular no metrô.
Ela procura pela casa e encontra um velho telefone fixo. Com ele consegue ligar para seu celular, mas a pessoa que o encontrou diz que só devolve se receber uma recompensa e diz que volta a ligar.
Passa-se um tempo e o telefone toca, porém do outro lado da linha há uma menina desesperada, pedindo ajuda pois vai ser espancada pela mãe.
A primeira vez Seo-yeon acha que foi engano, mas a ligação acontece outras vezes.
Sempre uma menina desesperada porque vai apanhar da mãe abusiva, até que em uma das ligações a menina fala o seu endereço, e Seo-yeon percebe que o endereço citado pela menina é exatamente o endereço da sua casa.
Curiosa, Seo-yeon começa a falar com a menina, e logo elas descobrem que estão na mesma casa, porem Seo-yeon está em 2019 e Young-sook (Jong-seo Jun), a menina desesperada, em 1999.
Começa aí uma bela estória que a principio parece um filme de fantasia, onde as meninas vão começar a se ajudar a resolver seus problemas mesmo estando em epocas diferentes.
No passado Young-sook possui uma mãe que a mantém presa dentro de casa.
No presente, Seo-yeon tem uma relação dificil com a mãe que está morrendo de câncer, pois a culpa pela morte de seu pai.
Logo a amizade das duas meninas começa a trazer consequências para o presente de Seo-yeon.
Já viu muitos filmes com este plot? Efeito borboleta? Uma questão de tempo?
Você está completamente enganado. Deixe seu preconceito de lado e atenda esta ligação.
Aqui estamos falando de cinema coreano, e o que começa como um belo filme de fantasia, rapidamente se transforma em um incrível thrillers cheio de sangue e muitas reviravoltas, que deixam o telespectador preso no sofá sem saber para onde aquela história vai caminhar.
E haja surpresas!
Fazia tempo que eu não via um filme tão legal assim na Netflix.
E tudo nesta produção é superlativo e bom.
O roteiro é extremamente original. A fotografia perfeita, trazendo diferenças nas paletas de cores que facilmente nos mostram se a história está se passando em 1999 ou 2019. A direção extremamente precisa, onde o diretor faz tomadas incríveis tanto em planos abertos com lindos cenários quanto em cenas de lutas ou na claustrofóbica casa que é mais um personagem do filme. Falando na casa, temos também o perfeito design de produção que também vem para ajudar na ambientação das epocas em que o filme se passa e os efeitos especiais dos momentos de virada de tempo, que enchem os olhos e nos mantem colados na tela.
Mas nada disso funcionaria se não fosse o sensacional elenco. As duas atrizes principais , Park Shin-Hye e Jong-seo Jun, são fabulosas e fazem que a gente torça o filme inteiro para que as coisas possam ter um bom final nesta luta de gato e rato, onde a cada cena tudo muda de perspectiva.
O único defeito que encontrei neste filme foram as cenas pós crédito, que só servem para o diretor tirar um sarro da gente e misturar tudo de novo, mas de uma maneira completamente sem nexo.
Deixe isso para lá!
Eu fico com o final antes dos créditos mesmo e digo que para mim ele foi perfeito.
E você, já viu este filme? O que achou?
Surpreendeu-se como eu ou achou mais do mesmo?
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